Alagamentos constantes na Anhaia Mello causam muitos transtornos

Usuários que circulam no terminal de ônibus Vila Prudente reclamam do lixo jogado pela população nas ruas.

Os pontos mais castigados pelas enchentes em boa parte da extensão da avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello acontecem com frequência no entorno do monotrilho nas estações: Vila Prudente, Oratório e Parque São Lucas.

De acordo com moradores e trabalhadores da região, os alagamentos não foram resolvidos. Alguns dizem que faz mais de 40 anos, outros perderam tudo nas cheias da região quando eram crianças, e não acreditam que vai ser solucionado pela prefeitura.

Os imóveis da avenida Anhaia Mello são protegidos com comportas ou terreno projetado com a elevação dos níveis em relação ao nível da rua para evitar a entrada de água nos imóveis.

Segundo eles, uma forte chuva é um aviso de alerta para todos. Os alagamentos prejudicam a todos, afetando o tráfego e interrompendo a circulação das estações de ônibus e de trens da Linha 10-Turquesa da CPTM.

Mateus que mora na Vila Tolstoi e trabalha na Anhaia Mello não aguenta mais as enchentes, ele reclama que as pessoas também não colaboram com a limpeza. Ele afirma que existe um trabalho diário de zeladoria e em seguida está tudo sujo.

O morador da Vila Tolstói vê com frequência o lixo jogado pelas pessoas, que sempre tem funcionários que realizam a limpeza com varrição tanto no terminal quanto na rua no entorno do terminal de ônibus e na linha-15 prata. Ele acha que o poder público não faz nada para melhorar os alagamentos, mas as pessoas também não ajudam.

“Eu moro perto da estação Vila Tolstói, moro de frente, lá é tudo limpinho. Aqui é Vila Prudente, fase do monotrilho … as pessoas que não estão colaborando, e porque joga tudo, é por isso que tem um bocado de enchente, tudo né? Eles limpam direitinho, limpam tudo,lá eles catam mato, higieniza tudo, que agora tem esse negócio do mosquito”.

O Instituto Meteorológico Nacional (INMET) faz alerta sobre aviso de tempestade, calor intenso, risco de enchente provocado pela frente fria que passa pelo sudeste durante a semana.

Meteorologistas avisam sobre o período de chuvas que ultrapassam 100 mm, que vão derrubar as temperaturas nos próximos dias. O alerta se estende para a Defesa Civil.

que se prepara para monitorar possíveis catástrofes, com a semana de fortes chuvas e declínio acentuado de temperatura em diferentes estados do país Aviso de tempestade, calor intenso e espera pela frente fria já anteciparam a previsão do fim do verão e do início do outono. Algumas capitais podem registrar máximas acima dos 30°C. Alívio no calor deve vir nos primeiros dias do outono, com a entrada da frente fria, ainda sob efeito do El Nino que eleva as temperaturas do Oceano Pacífico e descontrola o clima no planeta.

As chuvas que vem caindo em períodos de alta temperatura, com a onda de calor, são mais intensas e podem ocorrer alagamentos, principalmente na Avenida Anhaia Mello, o que afeta com os temporais a interrupção da circulação de trens da Linha 10-Turquesa da CPTM, entre as estações São Caetano e Santo André, no ABC paulista.

Quando a região da Vila Prudente é castigada pelos alagamentos, o Gerenciamento de Emergências (CGE), que monitora a climatologia na cidade, coloca a região em estado de atenção, por conta do transbordamento do córrego Mooca, na Av. Anhaia Melo, próximo à esquina com a Av. Salim Farah Maluf.

O córrego Oratório, na Zona Leste, é um dos principais causadores dos alagamentos na avenida Anhaia Melo, se a região for tomada por uma forte tempestade os alagamentos e enchentes acontecem com frequência.

De acordo com o CGE, toda a capital paulista pode ser colocada em estado de atenção para alagamentos, enchentes, transbordamento de córregos e risco de desmoronamento nos próximos dias
São Paulo ficará em alerta ainda desde o último dia do verão e nos primeiros dias, a partir do dia 20 de março, do início do outono, que deve ser de calor e tempestades em boa parte do Brasil. De acordo com a Climatempo, a previsão é que tenha um clima característico da estação quente que se encerra.

No Rio de Janeiro, os termômetros bateram novo recorde atingindo a temperatura acima dos 36°C na semana, o ponto mais quente na baixada fluminense passou a sensação térmica de 62°C, na série histórica.

Apesar das altas temperaturas previstas, o INMET não emitiu um novo alerta para a onda de calor que se instalou no país. Os avisos meteorológicos atuais alertam para as fortes chuvas que podem atingir boa parte do Brasil nesta semana, combinando a terra já tão aquecida pelo abafamento com a frente fria que passa pelo sudeste.

A Defesa Civil já entrou em alerta para possíveis atendimentos de emergências diante da previsão das chuvas mais intensas, do fim da tarde até a noite, com base na emissão de alerta do INmet, que podem ter entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos intensos (60-100 km/h).

A prefeitura de São Paulo alerta sobre a prevenção do mosquito da dengue e orienta para que informe sobre desastres e vítimas de alagamentos, para que entre em contato com a Defesa Civil pelo 199 e no Corpo de Bombeiros no 193.

Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Prefeitura de São Paulo/ Defesa Civil
Imagens: Márcia Brasil e redes sociais

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