Dois acidentes em menos de 22h com batida frontal dos mesmos vagões do monotrilho em Sapopemba provocam desconforto para passageiros
Problemas viram rotina para usuária que prefere ônibus.
Após o segundo acidente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) notificou o Metrô e cobrou acesso a documentos que comprovem que as vistorias e manutenções do monotrilho estão em dia, devido às colisões que aconteceram perto da estação Sapopemba entre dois trens da Linha 15-Prata em menos de 22h.
O primeiro choque foi por volta das 4h30 da manhã, fora da operação comercial, durante o posicionamento dos trens ao longo da Linha 15-Prata.
Nas duas colisões, as duas composições se chocaram entre as estações Sapopemba e Jardim
Planalto. A primeira antes da abertura da linha para o atendimento aos passageiros.
Na segunda colisão, na madrugada em menos de 22h, após o primeiro choque, quando funcionários removiam as composições, os mesmos trens colidiram novamente durante o trabalho de remoção.
O estrago da colisão aconteceu nos primeiros carros de cada trem e nenhuma parte das composições aparentemente caiu na avenida e ciclovia, segundo informou a gerência do Metrô.
A operação na Linha 15-Prata dos trens foi paralisada para que equipes de manutenção pudessem concluir os reparos na via, entre as estações Vila União e Jardim Colonial, funcionando somente de Vila Prudente até Vila União.
O sistema PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) foi acionado com 30 ônibus gratuitos para atender os passageiros ao longo de toda Linha 15-Prata.
Maira que usou o PAESE prefere ônibus, apesar de estar cheio, para ir sentada quando leva o filho para escola primeiro e depois segue para o trabalho que fica ao lado. O monotrilho para ela é uma opção mais rápida, apesar de cheio e deixá-la insegura.
“É igual uma lata de sardinha, é isso que eu falei, tá cheio, mas você não vai toda espremida. Eu se pudesse ia sempre trabalhar de ônibus, só que para mim não dá, porque eu gasto mais de duas horas para chegar no meu serviço”, lamentou.
O Metrô informou que as colisões aconteceram fora do horário de operação e que não houve vítimas.
Nenhum funcionário se feriu neste incidente. Já o sindicato dos Metroviários tem outra versão.
Segundo a presidente do Sindicato, Camila Lisboa, na primeira colisão havia um operador em cada trem, mas somente um deles se feriu e foi encaminhado para hospital e teve luxação do braço, sendo liberado em seguida.
A estatal ressaltou que já iniciou a apuração. A cobrança do TCE reforçou as investigações e apurações dos fatos, após pedir para enviar informações.
Segundo o metrô, após as composições envolvidas no acidente terem sido recolhidas para o Pátio Oratório, a operação dos trens na Linha 15-Prata foi normalizada desde às 5h10, entre as estações Vila Prudente e Vila União.
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Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.
Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: TCE/ Diário do Metrô/ Sindicato dos Metroviários
Imagens: Márcia Brasil e redes sociais