Informativo Sapopemba- Casa de parto

Apesar de o conceito de parto humanizado ser um tanto recente no Brasil, o procedimento já é realizado há bastante tempo por aqui.

Inaugurada há 15 anos, a casa de parto de Sapopemba, zona leste da capital Paulista, pratica o chamado parto humanizado. Gerenciada em conjunto pela Supervisão Técnica de Saúde da Vila Prudente e Sapopemba e pela Associação Paulista pelo Desenvolvimento da Medicina – SPDM, em parceria com a prefeitura, a Casa atende mulheres de qualquer região da cidade ou classe social, que são acompanhadas no pré- natal pelo SUS ou não, desde que a gravidez não seja de baixo risco. Neste caso, a paciente deve ter gestação única (não gemelar), apresentação cefálica, exames de pré-natal com resultados normais, não ter sido submetida a parto cesárea anterior e não ter comorbidades, tais como Diabetes, hipertensão, entre outras.

Muito além de poder ter seu filho em casa,  o parto humanizado abre discussão acerca da violência obstétrica e dos maus tratos que mulheres são alvo no momento mais delicado de suas vidas. Com os procedimentos do parto humanizado, a gestante tem total autonomia para decidir como será o momento do nascimento de seu filho.

Dessa forma, ela escolhe se haverá música, massagem, bola, aromas, banheira, foto, vídeo, doula e familiares no momento que for dar à luz, que pode ocorrer em casa de parto, na casa do casal, na maternidade, na água, na banqueta, de cócoras, deitada, em pé, sem nenhuma intervenção, com analgesia e até por cirurgia. Tudo feito sempre com informação e acolhimento.

Outro ponto muito importante apontado no parto humanizado é que a criança nasce com menos stress uma vez  que o ambiente está mais harmonioso para recebê-la. O uso de medicamentos também é pouco usado no procedimento, o que diminui bastante os riscos de complicações.   E após o nascimento, se autorizado pelo pediatra, o bebe vai direto para o colo da mãe e permanece até a sua primeira amamentação, um momento que diminui as chances da terrível depressão pós parto.

Mas atenção, apesar do parto humanizado vir com todo esse preparo, a mulher não fica livre de sofrer uma violência quando for ter o bebe, por isso é importante seguir algumas recomendações, que inclusive são passadas pela Organização Mundial da Saúde, tais como Assistência em ambientes não hospitalares, como o parto domiciliar e em centros de nascimento;Equipe multiprofissional, com enfermeiras obstetras, doulas, fisioterapeutas; obstetras para acompanhamento de partos e nascimentos de baixo risco;Uso de métodos não farmacológicos e farmacológicos para o manejo da dor;Conscientização das famílias e dos profissionais de saúde para combater a violência obstétrica.

Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo

VÍDEO: Informativo Sapopemba – Casa de parto